Uma Poesia Para o Movimento Pentecostal É chocante o fato de um movimento cristão de tão largas proporções ainda não ter em sua literatura uma poesia tipicamente pentecostal. A Poesia Pentecostal deverá ter uma característica própria, que levará aquele que a ler imediatamente defini-la como poesia oriunda da literatura pentecostal. Então, quais serão essas características da Poesia Pentecostal que a distinguirá de uma poesia cristã comum? Primeiro: uma poesia altamente retórica. Os recursos da Oratória serão nela empregadas sem limites. Segundo: uma poesia altamente poética. A Poesia Pentecostal deve se distinguir por ser uma poesia de ampla linguagem poética. As reminiscências de toda a poesia da Literatura Mundial Antiga deverão — sempre que possíveis — serem cultivadas. Terceiro: uma poesia altamente bíblica. A Bíblia é o manancial inesgotável de inspiração para os artistas de todas as épocas, fossem eles tementes a Deus ou não. E como nós tememos a Deus — e já fazemos das Santas Escrituras nossa única regra de fé e prática —, tal coisa torna-se por si só coerente. Quarto: uma poesia altamente emotiva. O Movimento Pentecostal é um ramo cristão reconhecidamente emotivo. Que a Poesia Pentecostal possa mexer com os sentimentos do crente, mormente ao evangelismo pessoal, as missões mundiais, a despertar sempre no crente a alegria da Salvação, despertar no crente um desejo intenso de santidade, despertar no crente um sentimento de maior comunhão com Deus, e o amor perene a Bíblia, ao próximo e as almas perdidas. Quinto: uma poesia altamente anti-modernista. A chamada "poesia modernista" é — na maioria das vezes —, uma poesia sem sentido e destituída de inteligência nenhuma. Cremos piamente que a chamada "poesia modernista" afastou a poesia das massas populares. Até o Parnasianismo, o homem comum do povo ainda admirava a Poesia e retinha mesmo em sua memória um grande número de versos. Após a ascensão da poesia modernista e da arte dita moderna no Ocidente, o povo afastou-se de forma clara de todo tipo de manifestação das Artes, tirante a música. De uma Poesia-Pentecostal Sistemática para uma maior glória de Deus. I. Nos seus 100 anos de existência até aqui, o Movimento Pentecostal atingiu com fervor missionário os quatro cantos do mundo. Jesus, como Verbo Eterno que se fez Homem e que habitou entre nós — e nós vimos a Sua glória como a glória do Unigênito do Deus Pai, cheio de graça e de verdade — trouxe-nos a Salvação através do Seu sangue e da sua morte vicária na cruz do Calvário. Ressurgindo da morte três dias depois, Jesus preparou seus discípulos para que propagassem o Cristianismo após serem revestidos de poder. Cinqüenta dias após a Ressurreição, o fogo do Espírito Santo cai sobre o tabernáculo onde os Apóstolos e dezenas de discípulos estavam reunidos e — todos começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Estava, oficialmente, fundada a Igreja Cristã. II. Com o passar do tempo, a Igreja Cristã inaugurada no Dia de Pentecostes perdeu completamente o seu foco. Substituiu o Deus Invisível —mas Real! — por abomináveis imagens de santos para intercederem pelos crentes. Tal loucura, amparada por tradições totalmente divorciadas das Sagradas Escrituras, levaram a Igreja Cristã a apostatar da fé original deixada por Cristo e pelos Apóstolos, embrenhando-se em densas trevas espirituais, convertendo-se no que conhecemos ainda hoje como Igreja Católica Apostólica Romana. III. Mas a Igreja é de Deus, e não do homem, e logo esse mesmo Deus começou a levantar homens para defenderem uma volta ao Cristianismo original — um cristianismo totalmente diferente do esposado pela Igreja Romana. E os primeiros atalaias de Cristo que se insurgiram contra a idolatria da igreja de Roma tiveram um trágico fim: morte nas fogueiras papais.