Os recursos narrativos utilizados por André Caramuru em seu romance – que se divide em fluxo de consciência, narrativa em primeira pessoa e discurso direto – acompanhados pela beleza da poesia chinesa, com a profusão simbólica de seus ideogramas milenares, nos permitem ler Poesia chinesa em diversas camadas simultaneamente. Enquanto leciona na universidade, em meio ao cotidiano de homem de meia-idade, o professor-protagonista Teixeira envolve-se em uma paixão proibida que redefine sua experiência no mundo, atravessando o complexo campo dos desejos, a um só tempo acomodado na segurança e buscando o desconhecido.