Eduardo nos traz a vida olhada de uma forma ímpar, expondo seus demônios de uma forma angélica, expondo as trevas observadas em letras iluminadas, expondo a lúgubre morte de forma vivificante em cada verso entalhado nessa escultura de verbos, adjetivos e rimas. A poesia que habita essas páginas é soturna, chegando às vezes ao macabro em seu conteúdo, mas a maneira que o autor as expõe mostra ao leitor a dualidade, o equilíbrio e a necessidade essencial da existência da escuridão para deixar sobressair à luz.