Em "Poemas crônicos", Erisângela Brasil Rodrigues rememora aspectos da geografia sertaneja e transita pela sociedade contemporânea trazendo à cena os protagonistas de sua inspiração: os trabalhadores, a natureza, os solitários, os excluídos, os sobreviventes, de modo que sua poesia cumpre mais que uma função estética e apreciativa. É uma forma de dizer o que não se consegue por outras vias, de socializar as percepções do mundo, apreender a realidade, protestar e resistir. Em "Poemas crônicos", a autora, tomada pela sensibilidade com a qual vivencia o mundo e os fatos ao seu redor, versa sobre temas cotidianos como meio ambiente, política, trabalho, consumo, seus sentimentos e suas visões em relação à vida e à sociedade, a partir de linguagem acessível. Para a autora, a poesia é, pela capacidade de sensibilização, um modo de viver.