O livro descreve e analisa as disputas na relação de poder do campo pentecostal em Belém, em específico, no contexto das vigílias de mata, estas que são denominadas pelos pentecostais como oração do monte. Sendo assim, para uma análise mais precisa, foi selecionado um pequeno grupo de oração em uma região de mata em Belém-Pa, que nos permitiu compreender essa busca por capital simbólico religioso, o que gera um conflito na relação de poder no que se refere ao monopólio dos bens simbólicos, dessa forma foram analisada a disputa entre as forças estabelecidas desse campo religioso em contraponto as forças emergentes, representadas pelos grupos de orações da mata, ou seja, as divergências entre um sagrado domesticado e um sagrado marginalizado. Dessa maneira, a pesquisa faz referências a pensadores como Max Weber, Pierre Bourdieu, como aporte teórico de análise no que diz respeito à relação de poder e poder simbólico. Autores que versam sobre a temática do pentecostalismo foram essenciais para essa abordagem, bem como teóricos que tratam sobre os conceitos de sacralidade e da experiência religiosa. Foram também indispensáveis, à pesquisa, trabalhos que se voltaram a compreender a identidade religiosa do amazônico e suas ressignificações. Sendo assim, o livro se propôs descrever como se dão esses conflitos por legitimidade pentecostal nesse segmento religioso extremamente plural.