Em que relação a Apologia de Platão está à defesa real de Sócrates, não há meios de determinar. Certamente concorda em tom e caráter com a descrição de Xenofonte, que diz na Memorabília que Sócrates poderia ter sido absolvido "se em qualquer grau moderado ele tivesse conciliado em favor dos acusadores", e que nos informa em outra passagem, sobre o testemunho de Hermógenes, amigo de Sócrates, de que não desejava viver; e que um sinal divino recusou permitir que ele preparasse uma defesa, e também que o próprio Sócrates declarou isso desnecessário, com o fundamento de que durante toda a sua vida ele estava se preparando para aquela hora.