A cidade de São Gonçalo teve seu auge em meados do século XX, quando era reconhecida como a Manchester Fluminense, referência à cidade inglesa conhecida pela sua concentração industrial. Entretanto, São Gonçalo perdeu seu status em alguns anos devido a uma série de fatores, um deles caracterizado como a obsolescência devido ao pouco estímulo do Estado e à ausência de um reconhecimento do seu potencial econômico. O desdobramento desse processo de desindustrialização culminou na consolidação do município como cidade-dormitório, ou melhor, uma periferia consolidada da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Atualmente, a cidade vive em meio a uma crise da mobilidade – a qual abrange toda a região metropolitana – e sofre com a precarização de sua infraestrutura urbana. Dado o cenário econômico municipal e federal, caracterizado pela redução de investimentos, esta pesquisa busca encontrar proposições que estabeleçam um caminho que corrobore para o desenvolvimento sustentável da cidade. O objetivo geral é demonstrar a importância da mobilidade urbana como instrumento estruturante na gestão da cidade. O processo de planejamento da mobilidade, então, se coloca como uma ferramenta capaz de contribuir para ordenar o território e viabilizar instrumentos urbanísticos para o financiamento de melhorias urbanas.