O texto de Bruno Albertim é fundamental para se entender o pensamento e a ação estética do modernismo pernambucano e suas ligações intrínsecas com a tradição paisagística, com a luz equinocial e com a força da arte popular da região, que estrutura as bases da identidade cultural nacional. Desde artistas pioneiros, como Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro, até os contemporâneos, que fazem do Recife um expressivo pólo nacional de arte, o autor discorre sobre a longa história da arte pernambucana e as trajetórias brilhantes de seus artistas mais representativos, algumas vezes pouco compreendidos, mostrando que a arte produzida em Pernambuco durante todo o século XX jamais abandonou seus postulados: integrar tradição e modernidade, e valorizar elementos figurativos como pontos referenciais dasensibilidade da região, que espelha as maneiras de ser, ver e sentir o mundo.