Grandes problemas da construção civil podem ser ocasionados devido à presença de água no solo, como recalques em estruturas, instabilidade de taludes, rupturas em barragens, entre outros. A permeabilidade do solo é a propriedade que verifica a facilidade ou não de percolação de água no solo, sendo o coeficiente de permeabilidade (k) o seu índice representativo em cm/s. O teor de umidade de compactação é um fator predominante no comportamento do solo em relação à sua permeabilidade, sendo a umidade ótima e a massa específica aparente seca máxima, índices representativos de melhor desempenho em resistência mecânica, determinados a partir da curva de compactação. A curva de compactação apresenta valores de teor de umidade e massa específica aparente seca no ramo seco, na umidade ótima e no ramo úmido. Este trabalho tem como objetivo determinar o coeficiente de permeabilidade de dois solos distintos, um solo arenoso e outro argiloso, para fins de comparação de suas características físicas e determinação do melhor ramo da curva de compactação do solo para sua aplicação em aterros em geral, visto que há a necessidade de uma boa impermeabilização. O solo argiloso foi coletado na Universidade Estadual de Londrina, sendo um solo predominante da cidade de Londrina e o arenoso foi coletado em um corte de talude de uma encosta da cidade de Mandaguaçu. Para cada tipo de solo foram feitos ensaios com permeâmetros de carga variável em três teores de umidade: umidade ótima, abaixo e acima da ótima. Os ensaios foram feitos de acordo com o Método B da NBR 14545. Foi constatada a grande diminuição da permeabilidade nos solos após a compactação. Na umidade ótima e no ramo úmido da curva de compactação, ambos os solos apresentaram valores de k20ºC próximos a 10-7 cm/s, sendo esse valor aceitável para a utilização do solo em aterros, de acordo com as bibliografias consultadas. Já no ramo seco, o valor de k20ªC foi cerca de 10-6 cm/s, para ambos os solos, porém, alguns autores também consideram esse valor aceitável para aterros.