Este livro de Rômulo Borges é uma agradável e inesperada surpresa. Em primeiro lugar pelo tema, narrativas sobre perícias e laudos de um grafotécnico pelo mundo dos processos judiciais. Um tema aparentemente árduo, de repente, transforma-se em profundas análises da natureza humana. Os textos, então, ressurgem como um interessante livro de Psicologia. Assim, essas crônicas, ao mesmo tempo que estão nos iniciando na grande arte da Grafoscopia, colocam-nos diante do drama de muitas pessoas que tiveram que procurar a justiça dos homens. Será, muitas vezes, o talento desse perito que permitirá à justiça efetuar bem seu trabalho, inocentando quem de direito e punindo os de má-fé. Essa tecnologia forense, tão bem executada por Rômulo Borges, nos é oferecida como exemplo de excelência, dedicação e amor de um profissional ao seu ofício. Condição que todos deveriam ter com relação à profissão que escolheram na vida. Então, leiam essas crônicas e descubram uma pessoa feliz com seu trabalho, além de observar a inteligência e competência com que ele o realiza. Uma leitura que, ao nos ensinar uma técnica sofisticada, obriga-nos, ao mesmo tempo, a pensar sobre os caminhos da justiça e da alma humana. Walter Cezar Addeo. Membro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)