Peregrino é resultado de reflexões de alguém que se reconhece em uma caminhada sem começo nem fim, apenas em movimento, somente em evolução. Em algum momento do percurso brota forte a inadequação em relação ao que sempre foi. Quando o ser se percebe um Eu Governado por Outros, vem a ânsia de se descobrir verdadeiro, de alcançar a própria essência. Inicia aí uma profunda desconstrução de tudo o que fazia sentido e não mais o faz, de tudo o que valia a pena e se tornou supérfluo, de tudo o que era vida e se tornou morte. Peregrino é um paradoxo. Para vê-lo, é necessário um novo olhar.