Início de tarde em Nova Friburgo. Um banco é assaltado; um carro é abandonado, com o motor ainda ligado, no centro da cidade. A princípio, não há relação alguma entre os dois acontecimentos, mas X se vê surpreendentemente envolvido e enredado em migalhas de biscoito que o levam a uma cadeia de crimes cada vez mais complexos e enigmáticos. Os delitos, tão distintos entre si, têm apenas uma coisa em comum: são cometidos por alguém sem rosto e sem voz. A mídia, por motivos óbvios, dá parca atenção aos eventos, enquanto a polícia marca passo, com poucos elementos para desvendar os casos. Assim, os dias de expediente na Imobiliária tornam-se cada vez mais raros, à medida que X, um homem solitário, beberrão e mulherengo, torna-se obsessivo na busca pelo autor dos crimes e questiona sua própria sanidade, no charco de vidas paralelas e medo que se formou numa cidade a caminho do céu.