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Perdição

Perdição

Sinopse

Um dos mais talentosos autores brasileiros contemporâneos, contista ímpar, mestre na arte de fazer diálogos, Luiz Vilela é, ainda, capaz de uma linguagem que impressiona pelo tom incisivo. Disputado em sebos, ganhou status de cult justamente pela raridade com que brinda o público com suas coletâneas e romances. Depois de Bóris e Dóris, inédito que marcou sua estreia na Record, ele retorna com o aguardadíssimo Perdição.

Romance dividido em três capítulos - O rapaz dos peixes, Pastor das almas e Ninguém - e narrado por Ramon, jornalista do diário de Flor do Campo, típica cidadezinha do interior mineiro, mescla histórias pitorescas sobre a origem do lugar e sobre seus personagens e mitos mais emblemáticos. Como as lendas sobre os monstros Moçalinda, Paupudo, a Cobra-Gigante, que habitaram o lago que banha a cidade e dá sustento a gerações de pescadores. Ex-professor de português, Ramon mudou de carreira após o convite de Carlos Barroso, o Almirante, que decidiu fundar o periódico por já ter feito todas as loucuras que um homem poderia fazer na vida. Menos dirigir um jornal. Cronista sarcástico e ateu, fala de tudo e de todos, enquanto divide a cena com Leo, amigo de infância que se torna pescador sem saber nadar.

Depois de anos de fartura, a escassez de peixes ameaça a cidadezinha. Sem saber o que fazer da vida, Leo decide se voltar para Deus. Cooptado pela Igreja Mundial do Senhor Jesus, se muda para o Rio de Janeiro. Bonito e carismático, conhece fama e riqueza. A esposa, deslumbrada com a cidade e o poder do dinheiro, se perde em compras, praias e salões de beleza. O casamento declina e, com ele, a moral de Leo. Fora da Igreja, sem família ou fé, conhece a miséria e a loucura. De volta à terra natal, acaba num hospício. Nada lhe resta a não ser se deixar afundar no lago - num retorno dramático às origens que renegou.

Perdição é um romance denso, atual e perturbador. Mais uma prova da habilidade de Vilela em dissecar os sonhos e anseios mais íntimos do ser humano.