Pequenas Misérias do Dia a Dia é uma obra inicialmente difícil de classificar. Formada por contos randomicamente entremeados pelo autor, é narrada em primeira ou terceira pessoa por homens, mulheres e até animais. Embute, como se fragmentos de ensaios e crônicas fossem, interpretações sobre a vida, a morte, o cotidiano, o absurdo da existência e flerta com forças cósmicas, telúricas, divinas ou humanas que parecem nos mover. A leitura pode provocar algum riso encabulado, espanto ou dúvida, mas, acima de tudo, os textos dizem respeito à essa estranha, intrincada e fabulosa teia de relações humanas e emoções das nossas caleidoscópicas existências. De uma forma ou outra, fica no ar que nosso viver é causa e efeito de alegrias, tristezas, ilusões e esperanças, e por que não, de pequenas misérias.