Essa história tem seu início em um período, anterior ao reencontro de Pedro e Mila, amigos de infância. Isso acontece quando ela, ainda bem jovem, atordoada por não saber o que fazer com uma gravidez não planejada, e sem ter tido a chance de se casar, desesperada ela procura ajuda onde quer que possa conseguir, mas sem sucesso. Os problemas se avolumaram quando ela descobre que espera um filho e precisa contar à família que está grávida, e que seu namorado não quis assumir a responsabilidade pela criança, alegando motivo de estudo. Seu Cícero, pai de Mila, ao ouvir sua breve história de amor, não se conteve, e irado, a atacou com tudo que podia dizer de ruim. Colocando-a para fora de casa, coroando toda sua indignação nesse ímpeto de cólera. Por mais que sua mãe e irmãs implorassem para que ele voltasse atrás nessa estapafúrdia decisão, elas não conseguiram demovê-lo. Desalentada, ela então escreveu uma carta a Pedro, o amigo de infância, que nas brincadeiras da rua sempre demonstrara ter por ela certo afeto. Custava-lhe muito ter que pedir socorro a ele, mas era sua derradeira tentativa, e se não desse certo, nada mais poderia fazer, a não ser sujeitar-se a ajuda do estado. Ouvira que seria melhor tirar a criança, e ela, horrorizada com tamanho descalabro vindo da própria tia, rejeitou de imediato essa possibilidade, e saiu porta a fora sem se dignar a olhar para trás. Mila, antes de tudo era uma forte, que apesar das circunstâncias, estava decidida a não aceitar a ajuda financeira do Beto, mesmo sabendo que não poderia ficar na casa dos seus pais, não lhe passava pela mente nem um instante, procurar o abrigo para mães solteiras da cidade: Ela então tomou coragem, e escreveu-lhe uma carta solicitando amparo. Vamos contar essa história desde o princípio. Quando ela conheceu seu primeiro amor. Encantara-se por um rapaz na festa de Nossa Senhora da Vitória, e permitiu que ele se aproximasse. Ela não ouvia a voz da razão, e da cautela, enfeitiçada que estava pelos olhares instigantes, pelos doces sorrisos e belas palavras que indubitavelmente obstruíam sua visão, sem que conseguisse se proteger, ou sem que percebesse o perigo que corria, e foi então arrastada para uma armadilha de perdição, porém tudo aconteceu em nome de um falso amor dele por ela, mas ela, jurava sentir por ele.