Quando deitamos o olhar sobre os quadros da vida humana, não podemos deixar de admirar o quanto o homem ainda é prisioneiro dos mais variados vícios de ordem moral e o quanto se debate nos meandros do conhecimento à procura de si mesmo e do significado da vida. Nessa ânsia por respostas satisfatórias envereda por caminhos nem sempre os melhores, e deixa-se cristalizar por uma insensibilidade diante dos outros que estabelece cenas cotidianas de surpresas e amarguras. Mas há o retrato contrário, quando os sentimentos afloram, quando as emoções equilibradas mobilizam o homem para "ser" no mundo, e não apenas "ter" coisas no mundo. "Ser", eis a meta a atingir! Estabelecer critérios éticos de convivência e possuir uma visão ampla e profunda de si mesmo e da vida, tanto na perspectiva filosófica, religiosa, psicológica, histórica, antropológica, cultural, etc. em uma palavra, uma visão integral, constituem o conteúdo de "ser". E não há instrumento mais valioso para isso do que a educação moral. Isso porque a educação moral estimula no homem suas potencialidades naturais; dá-lhe direcionamento firme do caráter; equilibra o uso da inteligência com ações éticas de benefício geral; coloca-o disposto afetivamente para viver com o outro; abre-lhe perspectivas muito melhores de vida com a consequência do estabelecimento de uma ordem geral justa e humana. Trilhando o caminho da educação moral, o mais importante não será "ter" o título acadêmico, mas "ser" útil a si mesmo e aos outros.