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Pedagogia da Formação Política

Pedagogia da Formação Política

Sinopse

As ocupações secundaristas de 2016, no Rio Grande do Sul, foram um movimento social de resistência dos estudantes do ensino médio às políticas educacionais neoliberais do governo estadual, as quais precarizavam a escola pública, de modo a diminuir a sua qualidade. Nesta obra, observamos o movimento do real, além de relacionar as tensões, enfrentamentos e desafios provocados pelas ocupações das escolas públicas nas políticas educacionais na Rede Estadual de Educação do RS. A partir de entrevistas semiestruturadas, com os participantes do movimento estudantil que tiveram destaque nas escolas da região metropolitana de Porto Alegre, pudemos constatar que as políticas educacionais incidiram na vida dos jovens partícipes das ocupações secundaristas, à medida que, a partir da crítica à forma pelas quais elas foram materializadas, o movimento social se constituiu e favoreceu a formação política, a percepção da realidade e as concepções de mundo dos envolvidos, isto é, foram ensejadas práticas democráticas. Diante do exposto, defendemos a tese de que as ocupações secundaristas, como exercício prático de democracia, questionaram as políticas educacionais neoliberais e produziram respostas a essas políticas, de modo a tensionar a gestão escolar. Além disso, elas foram um movimento pessoal e coletivo de formação política inédito, marcante e efervescente, que incidiu nos significados atribuídos à democracia e nas biografias dos jovens participantes do movimento estudantil.