Patio Andaluz é um romance que se concentra numa etapa da vida de Catarina, mulher nascida na primeira metade do século XX, porém muito diferente do padrão que se pensava unificar as mulheres de uma certa época e de um determinado grupo social. Desde cedo, Catarina rompe com expectativas sobre o que poderia ser sua trajetória. Este relato conta os amores e dores de Catarina numa parte importante da sua existência. Sua filha leva quem lê o romance a compreender quem é esta mulher, ao mesmo tempo em que faz refletir sobre várias questões que fazem parte da vida de todos: não apenas as paixões e os amores, mas também a convivência com os filhos, as questões privadas que se pode querer preservar e aquelas que são colocadas a público. A relação mãe e filha é em grande parte desvendada, desde a cumplicidade e a amizade que pode existir, até eventuais desavenças e rupturas. Os processos de morte, luto e dissolução do que antes fazia parte da vida da mãe são descritos. Nesse contexto, o drama que muitos vivem após a morte de alguém querido é exposto: quais caminhos e quais opções quem está vivo pode escolher para, sendo fiel a si mesmo e a quem faleceu, encerrar o processo do ponto de vista material? Catarina, ela mesma, com uma caixa de cartas que preservou, fornece a possível solução para o dilema que se apresenta à filha, após a sua morte.