Passante poeta, de olhar de pintor, debruçado sobre uma janela, poderia ser Picasso, Van Gogh, mas é Monet que lhe enche os olhos. Mundano, de fé distinta, que percorre ciclovias com suas pernas alongadas. Circunspecto, de olhos tingidos pelo céu e mar, afeiçoa-se aos contornos que se exibem invertidos. Amedrontado olhar! Sitiado estará entre lençóis se não rir do medo de quem já se foi. Sagrado cronista que a cidade re-significa o fundamental viver.