Este é um livro sobre possibilidades. Sobre o que somos e sobre o que poderíamos ter sido. Sobre quem somos quando nos deparamos com nós mesmos. E sobre quantos múltiplos moram em nós. Irene, de vinte anos, caminha pela Paulista, a mesma Paulista por onde caminha Irene, com quarenta anos, a Paulista por onde Irene, a verdadeira, a dos anos vinte e que é avó da narradora, não chegou a caminhar. Irene e Onofre, com vinte anos, se conhecem na Avenida Paulista e daí nasce uma história de amor. O avô de Onofre é epilético e, por conta disso, Onofre decidiu estudar Medicina. Onofre, o de quarenta, é epilético e é bancário, mas queria ser médico. E conhece Irene, a de quarenta, também na Avenida Paulista. Onofre, o verdadeiro, o dos anos vinte, também tem epilepsia mas queria ser bancário... Irenes, Onofres, vários tempos, todos caminhando e se cruzando por São Paulo. Tempos que se encontram no mesmo espaço, a Avenida Paulista, que é o espaço de todos, das Irenes, dos Onofres, da narradora e de um escultor de arames.... É uma história de amor e sobre amor e também uma declaração de amor a São Paulo, ou melhor, à Avenida Paulista