A obra é um esforço no âmbito do Serviço Social para o importante debate no que se refere à mediação da arte no cotidiano da profissão. Pensando a perspectiva da estética marxista na composição da conjuntura social, busca-se relacionar a temática abordando o aspecto do devir, da realização do ser social ante o sistema capitalista. Reflete ainda sobre o exercício profissional do(a) assistente social que trabalha a partir da arte como mediação, utilizando-a para além do instrumental, como parte de sua instrumentalidade. A estética marxista está incutida no debate crítico a partir de sua compreensão como leitura e transformação da realidade, sendo esta composta pelo movimento da sociedade. A arte se coloca como importante meio de reprodução do ser social na história sendo captada como competência para desenvolver estímulos ao potencial crítico e criativo do ser humano, ampliando a noção de direitos e a consciência social, sendo também substancial para o fortalecimento do projeto profissional do Serviço Social. Para tanto, alicerça-se numa perspectiva crítica, histórica e dialética no debate sobre o cotidiano e o lugar da arte na sociedade, destacando a dimensão técnico-operativa da profissão. A obra está dividida em duas partes, nas quais a primeira pensa cotidiano, sociedade e arte na construção da realidade material e profissional, enquanto na segunda, aprofunda o debate no entendimento da estética marxista, pensando a formação e o exercício profissional do Serviço Social.