Dois apontamentos são importantes sobre este livro, o primeiro é que se trata de uma obra forjada junto a uma sociologia da cultura, tendo como metodologia a história oral. Assim, há uma importante contribuição para o campo das ciências sociais, na medida em que estabelece, através da exploração das narrativas, uma experiência metodológica incomparável por sua originalidade. O segundo é a exploração de uma cultura quase extinta, a das Paneleiras de Barro, senhoras e senhores que aprenderam a viver junto à natureza, preservando-a e constituindo um grupo social único. Diante disso, "Panela de barro é que faz comida boa" é um mapa para a descoberta de uma maneira de fazer pesquisa e narrativa de modos de vida pouco explorados no contemporâneo.