A pandemia da década de 2020 deste século XXI submeteu a isolamento cruel milhões de mentes e corpos por todo o planeta. Um novo e desconhecido vírus matou e sequelou pais, mães, filhos, parentes e amigos por todo o país. Um período de total escuridão e medo. Impedidos de se aproximarem uns dos outros e enclausurados, os mais variados sentimentos afloraram.
A postura negacionista das autoridades não admitia o mal que assolava todos, e esse comportamento me revoltou. Não entendia como fatos tão evidentes eram desprezados e o vírus ínfimo e invisível causava tanta dor. Máscaras impediam que sorrisos fossem apreciados, então tínhamos apenas os olhos para entender o que o outro sentia. A ameaça da morte que a doença representava, no entanto, não eliminava minha necessidade de amar ou buscar o amor.
Dessa forma, esses meus pensamentos e reflexões sobre a vida que se me apresentavam no referido período se tornaram poemas, os que aqui estão. A eles, juntei alguns mais antigos, do tempo em que na minha juventude igualmente julgava ser capaz de falar ao mundo por versos tortos, por isso alguns foram premiados.