Neste universo abstrato e confuso, há um mundo homeomorfo de cores extremamente vivas e formas tão absurdas que confundem as teorias das fábulas, folclores e lendas com as hipóteses das coisas que se misturam fundindo-se em uma só realidade. E dentro desta moldura se pode viajar para uma cidade imaginada que não está nos mapas, da qual faz parte da história deste Brasil imaginário, as situações esdrúxulas contidas nesta narrativa, talvez façam algumas citações a alguns dos seus personagens heroicos e fatos históricos deste Brasil, também nada realista. Esta cidade existe no imaginário da criança que habita dentro de cada mulher e homem apaixonados pela literatura que há nas estórias contadas por seus pais, mães e avós que a interpretam dos alfarrábios de leituras e as passam de maneira lúdica e didática, Pajurá - onde tudo acontece. Florípedes José Ovídio nos brinda com essa ficção à brasileira, onde a literatura tupiniquim se confunde com a realidade e as estórias desse lugar, de maneira irreverente, trágica e dramática, para não se dizer cômica, bem como se espera do nosso Brasil.