Imaginar que "Palavras mudas" é um livro de poesia com alguns aditivos é uma ideia imperfeita. Marlene Azevedo partiu de uma intrínseca necessidade de libertar emoções, como se fossem labaredas de um fogo emanado – muitas vezes - de madrugada, com registo de hora e de contexto. De forma intercalar, somos surpreendidos com frases com duas sequências de leitura e telas originais convocadas a alguns artistas plásticos brasileiros e portugueses. Refira-se que as pinturas têm momentos diferentes: as inspiradoras de um poema e as inspiradas num poema. Vem a propósito assinalar que o livro "Palavras mudas" segue uma ordem cronológica de eventos passionais e/ou emotivos, dividido em duas partes.