Outros métodos (ou modos?) de pesquisa em educação e arte assume o desafio – e o desejo – de apresentar à leitora e ao leitor os bastidores da pesquisa: as motivações, a seleção e o descarte de materialidades, os encontros com conceitos, os movimentos que gestam um método e as alegrias e agruras do processo. São investigações de mestrado ou doutorado que acontecem em meio à vida, que pensam o múltiplo e que se recusam ao uno. Estudos que não buscam a representação nem se encaixam nos padrões universais de fazer pesquisa. Com Deleuze (1992), entende-se que a filosofia, a educação e a arte operam em planos distintos do pensamento: o plano de imanência, próprio da filosofia, cria conceitos; o plano de referência, da ciência – aqui, da educação – cria funções, didáticas e métodos; e o plano de composição, da arte, cria sensações e agregados sensíveis (afetos e perceptos). Esta obra busca ativar esses três planos, dialogando com conceitos filosóficos, com imagens da arte e, sobretudo, com o plano de referência, ao propor métodos ou modos de pesquisar no campo da educação. A maior parte das pesquisas aqui apresentadas contou com financiamento ou apoio de órgãos públicos, como o CNPq e a Capes, o que reforça o compromisso de divulgar os resultados das investigações realizadas.