No interior de Pernambuco, no ano de 1930, nascia num vilarejo pobre da cidade de Terra Vasta o jovem Luíz. Criado pela senhora Ana desde o nascimento, ele teve que trabalhar desde cedo para garantir o sustento de casa e diante das dificuldades no chão nordestino, lutou pela conquista do sonhado pedaço de terra para produzir e fazer dele seu lar. Na juventude, em meio aos festejos juninos, conhece Bele, pertencente a uma família dona de terras na região, católica fervorosa e instruída, à frente do seu tempo. À frente daquela época também estava Antônio, um vizinho de pouca fé que morava na mesma vila em que Luiz morava e que não media esforços para criticar a pobreza que acometia suas vidas. Atravessando tempos de perdas e de lutas pelas condições de existir e sonhar com dias melhores, o amor de Bele e Luíz, construído desde a estrada de terra batida, e a amizade com Antônio, forjada nos desafios que a vida traz, mostram como amar e resistir são substâncias que devem percorrer no nosso sangue. Ao som da sanfona que faz todos dançarem, na enxada que traz os alimentos para a mesa e no levantar da bandeira pelos direitos dos trabalhadores do campo, Luíz traça um caminho de bravura e coragem nos dias que viveu no seu lugar.