"QUANDO A LUZ DESAPARECER, VOCÊ ESTARÁ AQUI PARA VER?" Para salvar a vida de muitas pessoas você condenaria umas poucas à morte? Você tem de dar um presente a uma criança, conquistar-lhe a amizade, o carinho e o seu coraçãozinho, mas sabe que isso pode custar-lhe a vida. O que levaria você a presenteá-la mesmo assim? A amiga que você mais estima vira-lhe as costas e vai em direção ao sofrimento, à tortura, e à morte. Você tem poder para impedi-la, basta revelar-se. Mas não o faz. Por quê? Você tem a mais absoluta e plena certeza que a pessoa diante dos seus olhos não é exatamente quem afirma ser. Pior que isso, sabe que o conhecimento e outras coisas mais certamente carregadas por ela têm um potencial que fica no limiar entre O Bem e O Mal. E agora? Sem que possa depois discernir como, você se enxerga de repente uma pessoa enredada, envolvida e (finalmente!) cativa de alguém que tem como aliados a magia e o sobrenatural – por vontade própria. Mas você nunca os tinha experimentado e, até então, duvidava deles. Investir ou desistir? Sofrer ou amar? Amar é sofrer? Você acompanha há muito tempo, mais do que consegue se lembrar os acontecimentos do mundo e vê aproximar-se a hora final, a hora fatídica do desvelamento. Finalmente, cansada e abatida, pode ir embora, descansar e não ver tudo o que já começou a acontecer e o turbilhão por vir. No último segundo, entretanto, você resolve ficar para depois que o último sol se pôr. Esses são apenas alguns dos dilemas que os personagens de Os Últimos Pores-do-Sol resolverão (ou tentarão resolver) diante dos seus olhos, leitor. Não se espante se, em diversos momentos das páginas a seguir, você se identificar com personagens e situações, pessoas e lugares, realidades e ficções. É isso mesmo. Então, se estamos no fim do início ou no início do fim, fica o convite à sua resposta pessoal. Mas a pergunta crucial, ainda é esta: "QUANDO A LUZ DESAPARECER, VOCÊ ESTARÁ AQUI PARA VER?"