Idealizada por Fernando Sabino, a coleção Novelas Imortais reúne narrativas breves de autores de grandes clássicos universais, como Miguel de Cervantes, Herman Melville, R. L. Stevenson, Gustave Flaubert, Henry James, E. T. A. Hoffmann, entre outros. São pequenas obras-primas selecionadas e apresentadas pelo escritor mineiro que voltam às prateleiras com o objetivo de difundir obras talvez menos conhecidas, mas não menos geniais, de escritores consagrados, agora ao alcance dos jovens brasileiros.
Qual é o sentido da existência? Sabe-se que o fim é inevitável. Mas é ainda mais inevitável para aqueles que o esperam com hora marcada. Em Os sete enforcados o novelista russo Leonid Andreiev traz uma obra emocionante e sombria, cujo personagem principal é a morte.
A trama envolve o polêmico tema da pena de morte, nos moldes de um regime ditatorial sanguinário. Discutindo o sentido da vida a partir do cárcere, a história dramática de homens e mulheres condenados à forca arrebata o leitor, que se torna testemunha das incertezas e angústias do ser humano diante do fim iminente.
Um velho carcereiro – que, há tempos trabalhando na prisão, via suas leis como as leis da natureza – acompanhava rotineiramente o clima de terror e apreensão dos momentos que, ora se arrastavam, ora galopavam, em um ritmo enlouquecedor para os prisioneiros e seus entes queridos. A questão da legitimidade da pena capital gera reflexão e instiga a consciência dos leitores, até a última página em Os sete enforcados.