Quando a cortina do século 20 desceu, o panorama era promissor para os Estados Unidos. Sem o contrapeso da União Soviética e seus satélites, parecia que o tio Sam poderia finalmente impor sua vontade ao mundo, implantando ou derrubando governos e economias, de acordo com os interesses dos Estados Unidos ou de Israel, as duas cabeças visíveis daquele enorme iceberg que talvez equivocadamente denominamos de sionismo. Os Estados Unidos seriam a polícia de um mundo perfeito . No entanto, como já foi visto tantas vezes na história, acontecimentos imprevistos contrariaram todas as previsões, e mais uma vez abriu-se a caixa de Pandora. Assim se inciou o século XXI e suas primeiras décadas surpreenderam todos os historiadores, geopolíticos e analistas de plantão. A Segunda Guerra Fria e o ódio religioso caracterizam este início de século. As modernas Cruzadas, desta vez não para a Terra Santa, mas orientadas para a Terra do Petróleo, incendiaram antigas paixões religiosas, no que parece tornar-se um eterno círculo vicioso. A humanidade, apesar de seus avanços tecnológicos, continua se comportando de acordo com uma moralidade 200 anos ultrapassada... e os recursos do planeta vão sendo perigosamente reduzidos, afetando, aparentemente de forma irreversível, o meio ambiente.