Este livro pretende ilustrar, de forma totalmente ficcional, não científica, os danos psicológicos profundos, que a solidão e o abandono, podem causar na vida de qualquer pessoa. Nesta história lhes apresentarei a vítima de tais danos, um senhor idoso, professor aposentado, que exerceu sua prática, durante muitas décadas, em uma escola pública, nas imediações de sua casa. Juan Pablo Castilho é o protagonista central da nossa história, nascido às 23:00 horas, do dia 11 de novembro de 1947, terça-feira, na capital de São Paulo, num quarto de cortiço, localizado na Rua Piratininga número 605, no bairro do Brás. Juan Pablo Castilho será o primogênito e único herdeiro de um casal de imigrantes, recém desembarcados no porto da cidade de Santos, que rumam à capital, vindos da cidade de Málaga na Espanha. Juan formou-se no magistério e aos vinte e dois anos, já era um brilhante professor, bastante competente, querido por todos os seus colegas de trabalho, especialmente por seus alunos do grupo escolar, onde lecionou nas séries iniciais até aposentar. Alguns anos depois, estando aposentado, o professor Juan passa a enfrentar a mais cruel crise existencial, que o leva primeiro à viver em solitude; aos poucos a crise existencial evolui, levando-o à dias de solidão. Juan sobrevive aos dias de solidão, quase totalmente esquecido pelo mundo, se não fosse pela lembrança, paciência e presença carinhosa quase que diária, em sua casa modesta, do querido amigo e confidente, ex-aluno e também professor Abelardo, do seu gato Odin, suas queridas plantas da varanda e alguns poucos objetos antigos sem nenhum valor, mas, de inestimável valor sentimental e um universo de pensamentos inquietantes, que aos poucos o levam à distanciar-se mais e mais, da realidade objetiva, sem mínima objeção de sua parte, rumo à uma outra dimensão subjetiva, mesclada de pensamentos intrigantes, recordações, sabedoria, amor, drama, delírios... Certamente a breve história Os Onze Anjos – Delírios de um covarde louco, surpreenderá a todos os leitores. Boa leitura!