Em nova edição, o primeiro romance de Luiz Vilela, Os novos, traça o retrato de uma juventude com aspirações literárias em meio ao turbulento período da ditadura militar de 1964.
Lançado originalmente em 1971 sob elogios entusiasmadas e críticas vorazes, e aqui em edição com novo projeto gráfico, Os novos é um romance de geração que trata dos sonhos, angústias e dificuldades de um grupo de jovens universitários em Belo Horizonte diante da escalada autoritária da ditadura militar no Brasil.
Em meios aos encontros, os amigos produzem a revista Literatura e alimentam o desejo de iniciar-se na carreira literária, deparando-se com a necessidade de ter outras atividades, como o jornalismo, para se manter enquanto sonham com o romance que irá tirá-los do anonimato.
Nei, o protagonista, tem inevitável inspiração autobiográfica, mas nem por isso Vilela deixa de fazer uma crítica ácida a uma geração que buscou na boemia e no discurso uma forma de fugir da realidade. Os novos constrói um retrato implacável da juventude nos anos 1960 em Belo Horizonte.
"Os novos penetra até o fundo nas indagações, dúvidas e expectativas dos que sonham com as glórias da literatura" - Leo Gilson Ribeiro, Veja
"Um soco em muita coisa (conceitos e preconceitos), o livro se impõe quase em fúria. (É por isso que o temem?)" - Heraldo Lisboa, Jornal de Letras
"Se não todos, quase todos os problemas das gerações, não só em relação à cultura e à arte, como também à conduta e à vida, estão postos neste livro." - Temístocles Linhares, O Estado de S. Paulo
"Vilela teve o mérito de, ao contrário de outros novos, não apelar para as frescuras formais." - Aguinaldo Silva, Correio da Manhã
"Criticando a sua geração, e o fazendo com as espátulas da ironia, recamadas, porém de ternura e de secreta compreensão, Luiz Vilela resgata o espírito de uma época." - Hildeberto Barbosa Filho, O Norte
"É um livro imperdível!" - Roberto Maria, O Fluminense
"A habilidade do autor e sua reconhecida capacidade de manejar a técnica do diálogo criam um estilo novo e vigoroso." - Carmen Lúcia Tindó Secco, Minas Gerais
"Sem secura, vai direto ao cerne, com sobriedade, sem concessões." - Bella Jozef, O Globo
"O romance, assim, retrata uma cidade, uma sociedade, um povo, um país entregues à frustraçaõ decorrente da mais anárquiva crise." - Lauro Junkes, A Gazeta
"Os novos acabou ganhando com o distanciamento no tempo e nas paixões — exatamente o contrário do que aconteceu com os incontáveis romances 'políticos' do mesmo período, todos mergulhados para sempre nas brumas do esquecimento." - Wilson Martins, Jornal do Brasil