Nunca imaginei que, por trás da história dos guarda-vidas, existissem tantos assuntos a serem abordados, inclusive com temas tão atuais: racismo, ciência médica, poder público, lazer, turismo, música, arte, literatura, meio ambiente, sustentabilidade e segurança pública. Dessa forma, o desafio deste livro é incentivar as pessoas a buscarem as diversas raízes da formação da sociedade brasileira e chamar a atenção do poder estatal para compreender que mortes por afogamento, em suas diversas causas, não é uma tragédia inesperada, mas um fato a ser evitado ou reduzido seus danos sobremaneira com políticas públicas de prevenção, na busca pela preservação da vida e pela valorização dos seus profissionais.
"Praia e mar encantam a humanidade desde os primeiros dias dos tempos. Mar de navegar, mar de pescar, mar de descobrir mundos. Praia de tomar banho, praia de desestressar, praia de afagar o corpo. Praia e mar também como territórios de perigo... No mar e nas praias da Bahia, no mar e nas praias do Rio de Janeiro, de Pernambuco e de muitos outros lugares, a presença do guarda-vida é como que um alento contra os riscos de afogamentos. E foi isso que Cristiano Galvão, um nativo, um pesquisador que é também ele um guarda-vidas e testemunha ocular de tantas ocorrências havidas em praias pernambucanas, quis nos mostrar. "(SIERRA)