O diagnóstico das razões da fragmentação das cidades modernas aponta para a segregação socioespacial como consequência do modelo de cidade capitalista. O medo da violência e a busca por segurança decorrem da segregação imposta, da autossegregação voluntária e do declínio da esfera pública de deliberação. Modelos alternativos de organização social são apresentados, a saber: o projeto de autonomia e democracia de Castoriadis, o municipalismo libertário de Bookchin e o utopismo dialético de Harvey, os quais balizam a luta institucional e a ação direta para restabelecer a esfera pública, influenciar na produção dos espaços públicos e efetivar o direito à cidade.