"Operação Condor" deveria ser uma versão ampliada de "O Beijo da Morte", mas acabou se tornando um inédito. O livro é narrado por Verônica, amante do Repórter, um homem que destruiu sua vida tentando desvendar o mistério das mortes de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda, ocorridas num curto espaço de tempo, quando os militares estavam no poder e os três políticos poderiam aglutinar as forças da oposição. A partir da exumação dos restos mortais de Goulart, ex-presidente deposto com o golpe militar de 1964, e da volta aos arquivos do Repórter, Verônica se confronta com seu passado e descobre documentos reveladores de que o Brasil, muito antes da Operação Condor, já monitorava atividades de brasileiros no exterior - notadamente de militantes e políticos de oposição, considerados suspeitos de conspirar contra o Regime Militar, com total apoio e colaboração do Itamaraty. Como no livro anterior, os autores Carlos Heitor Cony e Anna Lee têm como estratégia narrativa a mistura de reportagem, depoimento e ficção.