130º livro do autor das séries EROTIQUE (em 11 volumes) e OLYMPUS (este é o 15º volume, cada um deles com 300 poemas), sendo outros 128 publicados no Clube de Autores. Alguns trechos: "Até que afinal te entregas, / E me suplicas por uma pausa, / Antes mesmo que a noite termine, / Acariciando o meu rosto devagar, / Pedindo para que eu te ensine / Todas as conjugações do verbo amar..." "E, quando o dia amanhece, / Após uma noite de doces batalhas, / Ao despertar, você me sorri docemente, / E ainda mais me enternece, / Derretem-se as minhas últimas muralhas, / E o Amor entre nós se instala, eternamente..." "A ampulheta do tempo gira, / Arrastando em sua areia que sumira / Lembranças e recordações, / Velhos amores, outrora preferidas canções, / Memórias de queridos amigos, / Estantes cheias de livros antigos, / Que nunca mais relerei," "Uma doce tristeza me invade, / Acalentando uma estranha sede, / Que com meus neurônios colide, / E em minhas sinapses explode, / Ao ouvir o som de um velho alaúde..." "Pois o amor é inconstante, não há quem o comande, / E, quando se acaba, é como uma avalanche / Que arrasta em seu curso sentimentos e vidas, / E o fim do amor é como um desmanche, / No qual se empilham almas perdidas..." "Mas um dia tudo terminou, como tudo acaba, / Normalmente, antes mesmo que se perceba, / O que era filé mignon, apenas vira muxiba, / Uma bela lagosta, transmuta-se em yakisoba, / Enquanto um lindo país tropical fica pior do que Cuba!" "Os invernos às vezes me congelam, / E o frio da noite me invade, / Mas seus risos minhas noites estrelam, / Pelo que me resta de eternidade..." "Às vezes de você abuso, / Em outras, é você que me seduz, / Nossas noites são uma maluquice, / Deixamos lá fora esse mundo confuso, / Num quarto à meia-luz, / Inexpressivo, antes que você me seduzisse!" "Deixa que tua carne tépida / Passe comigo uma noite intrépida, / Sem censura / Nem frescura, / Em que nos amemos / E mutuamente exploremos / Todos os detalhes ocultos / Em doces brincadeiras de adultos" "Como te esquecer, se na confusão do meu armário, / Um casaco teu ficou esquecido, / Abraçando um de meus paletós, / Com o teu cheiro nele ainda impresso? / Como, se aquele amor extraordinário / Ficou permeado em mim, em cada sentido, / Se escuto no vento a tua doce voz, / Se sonho todos os dias com o teu regresso?"