Nesta obra o autor abre um inventário de perdas. Tira versos de corredores, portas abertas de geladeiras e sintecos envelhecidos; tudo é passível e plausível à sua lira, nada escapa à sua percepção. A matéria prima são as vozes vindas de dentro: fragmentos de lembranças de avós; namoradas que perderam a paciência; meninas e meninos amigos de infância; baliza de futebol feita com sandálias numa rua que mudou de nome e talvez nem exista mais; amores e desilusões.
São versos despidos de aparatos, rococós e rebuscamentos. Poesia nua a olho nu.
DAVID COHEN é poeta e cronista. Foi um dos fundadores do Grupo PraLavras, no ano de 2000, que se reunia no Parque Lage para produção e declamação de textos. Em 2013, publicou seu primeiro livro de poemas, "Olho Nu", pela editora Verve. A partir daquele mesmo ano passou a coordenar o sarau Da boca para fora, na Casa da Leitura, dentro do Proler (Programa Nacional de Incentivo à Leitura). "Poemas que desisti de rasgar" é o seu segundo livro. As poesias de David Cohen já foram saudadas com muito entusiasmo por Mano Mello, Pedro Gabriel, Zack Magiezi, dentre outros.