O aprofundamento do conceito de saúde e evidências científicas que extrapolam as consequências localizadas das doenças da cavidade oral, mudou, ou deveria mudar, o modo de atuação dos odontólogos e dos profissionais auxiliares (técnicos em saúde bucal e auxiliares em saúde bucal), que ainda se limitam em intervenções curativas e pontuais. A prevalência de doenças inflamatórias (como as gengivais) é maior em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde a saúde bucal ainda não inclui a população de forma satisfatória. A associação da inflamação crônica de estruturas periodontais (gengivais) com a doença aterosclerótica vascular, por exemplo, predispõe os pacientes ao aumento do risco de eventos cardiovasculares responsáveis pela maioria de óbitos na população adulta. Existe a necessidade de mudanças comportamentais no que tange ao atendimento dos doentes por parte desses profissionais, atendendo-os de forma integral, nunca deixando de prestar o atendimento curativo, mas também incorporando a educação (ensino) para a saúde, lembrando que a pessoa que está recebendo o atendimento atuará como um multiplicador do conhecimento adquirido.