A obsolescência tecnológica programada tornou-se uma técnica frequentemente praticada pelo mercado para estimular a troca e venda de produtos. O cenário atual de globalização permite constantes mudanças tecnológicas e processos inovadores que aceleram o consumo e facilitam essa prática na competição global entre empresas. Essas transformações impõem novos desafios aos atores, exigindo-lhes maior responsabilidade e adoção de estratégias para minimizar o impacto de suas manufaturas ao meio ambiente. Tais estratégias estão amparadas por políticas públicas e planos de ações que se tornaram instrumentos fundamentais na construção de novos conceitos ecológicos para o século XXI. A criação da Agenda 2030 da ONU e a importância do desenvolvimento sustentável passaram a ser destaque nesse processo. A obra busca compreender a obsolescência tecnológica programada no meio corporativo a partir da análise do comportamento dos atores não estatais diante desse fenômeno, identificando ações e alternativas para minimizar seus impactos ao meio ambiente. Conclui-se, no entanto, que a obsolescência tecnológica programada está presente, porém é pouco conhecida e debatida, e que seus efeitos poderão ser amenizados quando houver conscientização e colaboração entre sociedade, empresas e governo.