Este livro de memórias do governador Eduardo Azeredo, escrito quando estava preso (injustamente), no antigo Quartel do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte.
Organizado pelo jornalista Francisco Brant, o livro traz os depoimentos do ministro Carlos Mário da Silva Velloso, ex-presidente do STF, do ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio, e de Amilcar Martins, seu velho amigo e colaborador.
Escrito de maneira simples e direta, o livro pode ser dividido em três partes distintas.
Na primeira parte de suas memórias, Eduardo descreve sua trajetória pessoal, desde sua infância e juventude em Belo Horizonte até o início da sua vida profissional.
Mais importante, relata com emoção e orgulho o papel central que o inesquecível exemplo de honradez, e lealdade aos amigos, dado pelo seu pai, deputado Renato Azeredo teve na sua formação, como cidadão e como homem público. Com nostalgia, Eduardo nos conta ter assistido reuniões na sua casa com a presença de JK, Benedito Valadares, Tancredo Neves e tantos outros políticos mineiros.
A segunda parte do livro é uma espécie de prestação de contas da sua trajetória política, primeiro como administrador público, à frente da prefeitura de Belo Horizonte e do governo do Estado, seguida da sua passagem no parlamento, como Senador da República e como Deputado Federal.
Finalmente, na terceira parte do livro, Eduardo Azeredo denuncia a covarde injustiça de que foi vítima em um processo eivado de incorreções de toda ordem, como a utilização de um documento falso, forjado por um notório estelionatário, que resultou na sua condenação. Mostra a verdade dos fatos e registra o nome de seus algozes, responsáveis pelos muitos meses de solidão e de sofrimento na prisão do Quartel do Corpo de Bombeiros.
Todo esse martírio a que foram submetidos, além do Eduardo, sua família e seus amigos, só foi efetivamente resolvido com a anulação de todo o processo, através da última decisão do Supremo Tribunal Federal, em 30 de junho de 2021.