Gostei de escrever este conto. Incorporei Gregório com facilidade, que colheu de forma consistente meus dados autobiográficos. Não só. Foi meu companheiro em uma jornada em que é difícil estabelecer limites das fronteiras ficcionais. Ainda assim o livro é uma ficção. Preservei os nomes reais das pessoas e locais reais. Elas foram e ainda são importantes nesta ficção. Outros nomes são de seres que habitam o universo dos sonhos. As experiências relatadas estão igualmente nesta fronteira movediça, daqueles que pretendem os limites entre o que chamam de real e o que chamam de não real. Gregório é um personagem. Menos real do que eu, autor do conto? Não sei. E não sei se um dia saberei. Afinal esta é a natureza do Voo da Coruja. E meu convite é para que cada um empreenda sua própria viagem. Seu próprio voo.