Ao perder a mãe aos onze anos, Herculano fica sob a tutela do pai, que subitamente migra do sul do país para o Nordeste. Em uma região totalmente diferente de onde nasceu, enfrenta dificuldades para se adaptar aos costumes do sertão nordestino e à convivência com a madrasta. Devido às desavenças familiares, decide morar em um vilarejo, fundado em uma região deserta da caatinga, em condições severas de sobrevivência. O convívio com pessoas sem escrúpulo nesse ambiente hostil lhe envolve em um perigoso esquema de corrupção de uma organização criminosa. É acusado de cometer um crime e procurado pelos moradores do povoado a mando do chefe da organização. Em uma extrema coincidência, encontra uma carta que delata, de forma explícita, todos os integrantes do grupo. Entrega a carta à polícia, os crimes são desvendados e a quadrilha é desmanchada, mas paga um alto preço por cumprir essa missão. A mulher que amava é assassinada quando ele tira a carta da mão do chefe da facção criminosa. Após a tragédia, o rapaz carrega um terrível sentimento de culpa, por tirar a carta do inimigo e provocar a morte da amada. Na opinião do leitor, ele é culpado ou inocente?