O último palácio de Praga narra as convulsões que transformaram a Europa ao longo do século XX e nos alerta para o fato de que nunca vivemos distantes do passado. Uma narrativa magistral contada através de uma mansão extraordinária — e da vida das pessoas que a chamaram de lar.

Quando Norman Eisen assumiu o posto de embaixador dos Estados Unidos em Praga e se mudou para a residência oficial, retornando à terra de onde sua mãe fugira após o Holocausto, ficou surpreso ao descobrir suásticas escondidas sob os móveis. O símbolo da Alemanha nazista era um resquício da história esquecida da mansão e a prova de que nunca vivemos muito longe do passado.

A partir dessa descoberta, desenrola-se a história fascinante, e ao mesmo tempo tortuosa, de quatro pessoas notáveis que moraram no palácio antes de Eisen. Por meio dessas vidas, O último palácio de Praga narra as convulsões que transformaram a Europa ao longo do século XX.

Primeiro houve o otimista barão financeiro judeu Otto Petschek, que construiu o palácio após a Primeira Guerra Mundial como uma declaração de fé na democracia, apenas para ver essa fé abalada anos depois. Em seguida Rudolf Toussaint, o culto general alemão que ocupou o palácio durante a Segunda Guerra Mundial, arriscando a vida para salvar a casa e Praga da destruição. Depois Laurence Steinhardt, o primeiro embaixador dos EUA no pós-guerra, cuja luta para manter o palácio longe das mãos dos comunistas foi acompanhada dos esforços para resgatar o país do domínio soviético. E também a atriz Shirley Temple, testemunha ocular da derrocada da Primavera de Praga, em 1968, que decidiu retornar à cidade e ajudar a acabar com o totalitarismo — e fez exatamente isso como embaixadora, em 1989.

Entremeando na narrativa a vida de sua mãe, Norman Eisen revela de que forma pessoas distantes do poder e dos privilégios transitaram pelos acontecimentos históricos do século XX e nos presenteia com O último palácio de Praga, que conta a história dramática — e surpreendentemente cíclica — do triunfo da democracia.