O caçula entre dez irmãos, e ainda um jovem adolescente de quatorze anos se mudou de um distrito para uma cidadezinha um tanto maior. A mudança não foi uma escolha sua, e sim, imposta pelo pai! Ele recebeu a incumbência de fazer companhia ao seu avô, um senhor idoso, com setenta e nove anos, que se orgulhava de ter sido concebido ainda no Brasil Império. Devido à idade era teimoso, mas não arrogante, que tinha uma grande aversão ao governo militar da época. Quando o neto e o avô se veem sob o mesmo teto descobrem que não é o que eles esperavam um do outro. A partir daí começam os problemas! Sentir saudades pressupõe o desejo de voltar no tempo, reviver as coisas ou rever as pessoas que nos davam prazer. É comum ouvir também, pessoas dizerem o contrário: não sinto um pingo de saudade de tal coisa ou de tal pessoa. Mas, se o tempo e a vida no campo, o labor do rurista; que não é exatamente como lemos, poeticamente, em algumas literaturas; porque o menino, na quase biografia de sua vida, se mostra saudoso? Seria possível o mesmo trem, transportá-lo ao passado para encontrar sua mãe e dizer lhe o que não foi dito? Seria possível rever seu pai para ajudá-lo empurrar com mais afinco, aquela carroça na subida da serrinha? Joaquim B. de Souza é escritor de temas diversos. Sua genialidade, embora eclética, é voltada para uma escrita mais técnica, onde não cabe o romantismo. Suas obras vão desde compêndios de livros técnicos de informática, de administração pública e de empresa, a livros de história política regional, como Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, ou até um recente e mais científico que mostra dados sobre a epidemia mundial do Coronavírus, como QUARENTENA a Pandemia da Covid-19. Em O Trem da Saudade sobre os Trilhos da Esperança, porém, deixa a frieza e a técnica, escreve na primeira pessoa, mostrando a saga de uma vida dura e suas histórias, marcadas por momentos de superação, dor e saudade.