Pouco se sabe das aventuras dos monçoneiros, sucessores do bandeirantismo no desbravamento do interior do Brasil, numa época em que as populações se concentravam principalmente no litoral. Pois estes foram a inspiração para que dois jovens amigos repetissem seus feitos, remando Tietê abaixo, num tempo em que este se apresentava semelhante ao rio que os monçoneiros encontraram no século XVIII. Anos depois, um destes amigos achou o diário desta viagem, e este foi o mote para o romance que mistura história do Brasil e ficção. Ao narrar a aventura de descer a remo o Tietê, o autor traz, com brilhantismo, personagens separadas por duzentos anos de história, convivendo os perigos e sabores de cada corredeira. Assim como o rio, com seu fluxo contínuo, o leitor é envolvido em um estilo de escrita fácil e ao mesmo tempo rica em detalhes que o farão navegar com os meninos e monçoneiros num Tietê repleto de matas e anhumas.