Historicamente, os processos de formação em saúde têm sido focados, sobretudo, em uma concepção biologicista e hospitalocêntrica. Há a necessidade de se redefinir o papel da formação no sentido de se buscar uma ampliação do cuidado em saúde, da humanização e do fortalecimento do vínculo com a população.
"O SUS que eu acredito" é um livro original e interessante – prende a atenção do leitor do começo ao fim e escapa do ramerrão comum em escritos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), em uma análise que narra uma experiência sobre a formação para profissionais da Atenção Primária à Saúde.
O presente livro é dividido em quatro capítulos: o primeiro discorre sobre os atravessamentos e transversalidades encontrados durante o processo de formação atrelados às instituições de saúde, à gestão local e à instituição educacional; o segundo capítulo observa como as equipes de Saúde da Família passaram a reconhecer o território; o terceiro trata da percepção das relações de poder que se encontravam instituídas e da possibilidade de cogestão; por fim, o quarto capítulo defende a importância e o reflexo que foram possíveis pela reorganização dos processos de trabalho instituídos. E, assim, aprender estratégias para enfrentar a burocratização e alienação no SUS através de formas democráticas e solidárias para se relacionar e trabalhar com seres humanos.