O sublime objeto da ideologia, livro que tornou o filósofo Slavoj Žižek reconhecido internacionalmente, foi reescrito pelo autor e volta às livrarias pela Civilização Brasileira.
Publicado originalmente em inglês, em 1989, O sublime objeto da ideologia consistiu na primeira oportunidade de Slavoj Žižek apresentar a um público amplo os quatro pilares de seu pensamento: a psicanálise (lacaniana), a filosofia (hegeliana), uma teoria (marxista) da ideologia e a teologia (cristã). Nesta obra, vemos com nitidez como esses fundamentos são relacionados, recuperando alguns conceitos que foram desprestigiados por vias emergentes da nova filosofia e firmando os argumentos da importância de Jacques Lacan para o pensamento filosófico – e, em mão dupla, de G.W.F. Hegel para a psicanálise.
O resultado é um xadrez teórico – transpassado principalmente por Freud, Marx e Althusser – que se revela fecundo para a crítica da ideologia, reposicionando-a para além da observação de um sistema de valores e adesões. O texto conta também com referências culturais que ajudam na sua compreensão, como as análises já consagradas por Žižek do slogan da Coca-Cola; de filmes, entre eles Memórias de um espião, de Marek Kanievska; de romances, como O processo, de Franz Kafka; e até sobre o naufrágio do Titanic.
O sublime objeto da ideologia é um trabalho original que permanece provocador e insólito ao destrinchar a questão da agência humana em um mundo pós-moderno. Neste emocionante tour de force que fez o nome de Slavoj Žižek ressoar internacionalmente, o filósofo investiga as fantasias ideológicas de totalidade e de exclusão que formam a sociedade.
"O expoente mais brilhante da psicanálise, na verdade, da teoria cultural em geral, que segue despontando por décadas a fio." — Terry Eagleton
"Žižek, o Moisés da dialética." — Mario Sergio Conti, piauí
"O que realmente marca Žižek é a defesa do resgate do projeto racionalista moderno com suas aspirações de emancipação, assim como sua força de crítica da alienação." — Vladimir Safatle, Folha de S.Paulo
"Žižek não deixa nenhum fenômeno social ou cultural sem teoria e é mestre na observação contraintuitiva." — The New Yorker
"Žižek é um pensador que não considera nada fora do seu campo: o resultado é profundamente interessante e provocador." — The Guardian
"Žižek dilui as fronteiras entre a alta cultura e o universo pop." — O Globo