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O Silencio Que Fala Na Alma No Coração E No Inconsciente

O Silencio Que Fala Na Alma No Coração E No Inconsciente

Sinopse

Não vim nomear as tuas dores. Vim confessar as minhas — e, ao confessá-las, deixá-las nascer de novo, como Clarice dizia que a palavra nasce: "antes de viver, estremeço". Aquelas dores que se escondem entre o meu peito e a garganta, pulsando angústia, culpa, silêncio — e que, ao escrevê-las, talvez se tornem menos minhas e mais nossas, perigosamente nossas. Há feridas que não pedem cura — pedem que eu fique. Comigo. Contigo. São o vazio que me move, a sombra que me guia, o silêncio que me canta quando o mundo é ruído demais para eu suportar sozinha — e eu, tão desarmada, como quem "não sabe como se chega ao que se é". É uma travessia sem mapa, tecido dos fios mais frágeis que tenho — os que rasguei de mim mesma, sem saber se era eu ou o outro. Não apaga o sofrimento. Transforma-o em canto, em gesto, em liberdade que mal cabe no meu peito partido — um peito que late, late, late, e ainda assim não explica. Aqui, Freud me abriu os corredores do inconsciente onde ainda ouço a criança que fui chorar — e chorar é viver de novo. Jung me ensinou a abraçar a sombra que sempre temi ser — "eu sou eu e sou o meu outro". Lacan me fez dançar com a falta que nunca soube nomear — o desejo é o desejo do Outro, e eu, perdida nele. Klein me mostrou como tecer reparação com as mãos que ainda tremem — reparar é amar de volta. Winnicott me acolheu no brincar quando já não sabia brincar — e no brincar, soube que existo. Bicudo me lembrou que o silenciamento também é coletivo — nós somos o que nos c