O livro propõe discutir o conflito do homem nordestino que viveu as grandes secas: ir ou ficar?
Para tanto, elegeu-se um herói que bem poderia ser a rapsódia de muitos nordestinos.
A difícil jornada começa na infância, sendo primeiramente adotado, depois devolvido. Ainda assim, brincou, amou profundamente o irmão, a mãe. A sobrevivência como essência de todas as coisas: brincava-se de fojo para apanhar bicho pra comer, brincava-se de funda para espantar os pássaros das mirradas plantações, o animal de estimação era a gata famélica que caçava para o menino Menga. A poética da vida revelada como poemas de pedra. O vasto céu azul, a flora e a fauna marcados para sempre na criança que existiu por breves instantes.
Dizem que o homem nordestino não prega raiz: vai s'embora! Ir ou ficar? Teremos nós respostas nos conflitos capitais da vida? Seria a arte ainda capaz de operar a transferência tão necessária para a empatia? Ou simplesmente vivemos todos como dá?