O ser contra o mundo contesta um ponto de vista crítico que, ao excluir objetos arcaicos, quase obscuros ou obscuros, como superstições pertencentes ao passado, atribuiu ao direito e à política a tarefa sóbria de gerenciar ou controlar a interação humana. Ao repensar a noção de objetividade que sustenta esse ponto de vista, este livro enfoca a maneira como fetiches arcaicos e quase objetos retornam para criar conflitos sociais que abalam os mais maduros sentidos éticos de precaução e as políticas legais de prevenção. O retorno desses objetos obscuros é um acontecimento político que, abalando o ponto de vista crítico convencional, revela um campo da política situado além da crítica. O ser contra o mundo evoca e fala desse além, nos âmbitos da arte, do direito e da política.